quarta-feira, 30 de março de 2022

PILOTOS E SONHOS CHEGAR A FORMULA 1

Realmente existe vida fora da F1  

Para muitas  pessoas  no automobilismo se o piloto  não chega a F1   a carreira do piloto acaba, e isso não é verdade, existe  vida  fora  da F1 e é possível continuar vencedor na carreira, fora da F1, claro a F1 é o sonho de todo piloto, mas  é um funil chegar a categoria  máxima do automobilismo mundial hoje em dia, poucas vagas existem e precisa se levar um caminhão de patrocínio para chegar nela, e as vezes  muitos  pilotos desistem desse sonho, mas continuam  pilotando e vencem em outras categorias,  vou citar neste texto alguns exemplos disto.

Matteo Nannini de apenas 18 anos, sobrinho do ex piloto de F1 Alessandro Nannini,  correu ano passado a F3 Européia e algumas provas da F2 pelas equipes Hwa e  Campos, ele fez 2 temporadas na F3 , em 2020 correu pela Jenzer, este ano seu plano era  continuar na F3 ou ir para a f2, mas seu  budget(apoio financeiro ) não conseguiu continuar lhe ajudando no sonho de ir a F1, e ele mudou de horizonte e continente, este ano testou em Indianapolis no circuito  misto um carro da Indy  Light pela equipe Juncos, mas  vai mudar de categoria, estreará na Arcar( categoria de acesso a a Nascar  nos Estados  Unidos) correndo só em circuito  mistos, e ele disse em entrevista que sua meta agora é correr na Nascar  ou F-indy no futuro, uma mudança radical para um piloto  novo ainda, mas que ama sua profissão e quer continuar  correndo.                                                                    

Lorenzo Colombo- Italiano também  de apenas 21 anos, correu  em 2019 e 2020 o  Europeu de F Renault 2.0  e correu ano passado pela  equipe Campos na F3 Européia , onde obteve uma vitória   na etapa de Spa, na Bélgica debaixo de Chuva( preliminar da F1), mas nem isso fez ele obter  budget para continuar na F3, ele mudou de horizonte este ano , a tradicional equipe Prema de monopostos  estreou esse ano na WEC e  lhe fez um convite para ele ser um dos pilotos, e ele aceitou e vai ganhar para correr em vez de pagar como fazia, seus companheiros na WEC esse ano serão Robert Kubica e  Louis  Deletraz, e ele nunca tinha corrido de  protótipos e na prova de estréia dele , os 1000km de Sebring ele  chegou num belo sétimo lugar pilotando  um Oreca na categoria lMP2

                                                                       


           
Oliver  Rasmussen- Este  Dinamarquês de  21 anos, fez toda sua carreira em monopostos, correndo  em 2018 e 2019 o Italiano de F4 , em  2020 correu a Fórmula Regional Alpine  pela equipe  Prema, onde obteve 6 vitórias, ano passado  correu de F3 Européia pela HWA( foi companheiro de  Mateo Nannini) , ele tinha tudo para ir para o segundo ano de f3 este ano ou ir para a f2, mas também acabou sua verba  financeira, talvez ele nem corresse este ano, mas de última hora surgiu um convite a ele para mudar de categoria e também ganhar para correr, ele foi para WEC na equipe Jota , onde fara dupla com os pilotos Ed Jones e Jonatan Aberdein e na prova de estréia em Sebring  chegou num belo 8°  lugar na categoria lmp2, sendo que nunca tinha corrido de protótipos , e ele correu também as 24 horas de  daytona pela  equipe Gdrive onde chegou num belo nono lugar na geral.

                                                                        

Lorenzo Patrese, este italiano de apenas 17 anos , filho do ex piloto de F1 Ricardo Patrese, correu anos de kart, e correu nos anos de 2020 e 2021 de f4 Italiana, e mudou  

totalmente o foco da sua carreira, seu pai que bancava sua carreira até ano passado, o paitrocinio, este ano ele recebeu um convite para correr de  Endurance, no antigo  Blancpainenduranceseries hoje chamado de  fanatec GT, ele correrá na categoria com um Audi r8 lms evo gt3 da equipe Tresor By Colection, correndo em dupla com os pilotos Hugo Valente e Axel Blom, . o campeonato começa dia 3 de abril com as 3 Horas de ímola,a decisão dele  foi bem radical, pois ele tem apenas 17 anos, mas  já tem amadurecimento, pois  ama pilotar e no momento não da para continuar correndo nas categorias de base a f1, se reinventou e nunca também tinha corrido de turismo.

Giualiano Alesi, filho do ex piloto de f1 Jean Alesi, que  por um bom tempo bancou a  carreira de seu filho,  tendo inclusive vendido uma Ferrari de rua pessoal sua para isso, fez parte da academia de pilotos da Ferrari( chegou a testar  uma Ferrari de  f1 em Mugello em 2021) e correu de F2 nos anos de 2019 e 2020 pela  Trident, MP Motorsport e Hwa, mas  sendo dispensado da academia de  pilotos, sem patrocínio, viu seu caminho rumo a F1 desabar, mas ele  aproveitou que fala Japonês( sua mãe é japonesa) e foi correr no Japão,  uma aposta   receosa, mas ele vingou lá, correu ano passado de  Superformula Light( antiga F3 japonesa) pela  equipe TOMS , onde obteve 3 vitórias, e correu de superfórmula  onde obteve uma vitória na sua segunda corrida da categoria, na etapa de Autópolis debaixo de chuva , e correu de Supergt lá também sendo contratado sem ter que levar uma mala de dinheiro  para correr, como fazia ante,s e esse ano continuará na Supergt e superfórmula correndo, e já disse em entrevistas que se não chegar a f1, não se sentira triste, pois esta  fazendo o que  gosta e ganhando  para isso.

YE  Yfei, chinês de  21 anos,  tinha tudo para estar correndo este ano de f2 ou f3, ele é piloto de academia de novos pilotos da Alpine, em 2016  foi campeão  Francês de F4, em 2017 e 2018 correu de F- Renault, em 2019 de F3,  e em 2020 foi campeão Europeu de Euroformula tendo  obtido 11 vitórias em 18 corridas ,pela equipe Japonesa Crypto Tower Racing, ano passado fez uma mudança radical, foi correr de protótipos, sem experiência  nenhuma, correu na Elms( European LE  Mans Séries)  pela equipe Twe, com um oreca onde obteve 3 vitórias e correu as 24 horas de  le   Mans pela mesma equipe em dupla com Robert Kubica e Louis Deletraz e este ano  quando pensavam que ele voltaria aos monopostos, correrá mais um ano na categoria, agora pela equipe cool Racing, continuando na categoria lmp2.

Como disse no começo da matéria, todo piloto, almeja a F1, mas  se não chegam  lá, eles continuam correndo sim, em outro  País, outra categoria, outro carro, mas fazendo o que gostam e muitos ganhando para isso, pois nas  categorias de acesso a  f1 a maioria dos pilotos paga para correr, a vida é um aprendizado até no automobilismo.

Rodrigo Botana colunista do blog gente fina; me sigam no instagram, @botanarodrigo, e corro de kartrental em campeonatos também e tenho um canal de automobilismo no youtube, o canal do botana

Rodrigo  Botana  45 anos ator e  locutor comercial  por formação, apaixonado por automobilismo desde  os 10 anos, assisto corridas de tudo que é categoria,, colunista dos sites nobres do grid e velocidadenosangue e agora colaborador do blog, corro em  campeonatos de  kart rental, meu instagram  é @botanarodrigo